sábado, 5 de junho de 2010

Candy.


Tudo que é muito doce sempre acaba enjoando, chega sempre o ponto em que você não quer mais e seu estômago começa a embrulhar.
O amor ás vezes se parece com um doce. Um chocolate ao leite delicioso e estremamente adocicado, que no começo, ao ser degustado causa uma sensação de prazer maravilhosa, mas no decorrer do tempo ele vai perdendo a graça até que no fim você já está enjoada de tanta doçura e tão cedo não vai querer come-lo  novamente.
A graça das coisas não dura pra sempre, tudo que não é forte o bastante sempre se desgasta, sempre perde o charme. Relacionamentos, amizades, palavras, sentimentos, sonhos... as vezes até os dias te enjoam.
Aquilo do incerto, do não saber, do não te conhecer me enjoou. Me enjoou a mesmisse do dia-a-dia, do mesmo caminho, das mesmas pessoas, dos mesmos sorrisos falsos, das risadas forçadas, da sua falta de sexy appeal, da sua falta de sexy and drive (como diria Cazuza).
Onde foi parar? Cadê aquilo que tanto eu gostava? Sumiu?
Pois é, acho que não, acho que eu só enjooei. Meu chocolate está no fim e eu já não o aguento mais.
Preciso de algo novo. Eu quero me sentir boba novamente, quero me sentir nervosa com coisas bestas, quero ver poesias pintadas nas nuvens pink do meu céu que agora é tão acinzentado, quero voar com os pés no chão, quero o gosto da beleza do sol dentro de mim, quero minhas borboletas coloridas voando e me fazendo sorrir. Quero o melhor de todos os mundos combinados dentro do meu.
Não vou mais escolher um único chocolate, dessa vez eu vou comprar de todos os tipos, gostos, sabores e cores. Vou experimentar de tudo, sentir cada sensação.
Assim eu descubro aquele que não perde o sabor nunca.